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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

JEAN SARTIEF

 

 

Jean Sartief Tag é poeta e artista visual nascido em Natal/RN. Premiado nas duas áreas em diversos salões nacionais e internacionais. Publicou 4 livros de poesias. Foi premiado em concursos de poesia nacionais e internacionais.

 

 

 

SARTIEF, Jean.  Jardim dos Abismos. – Natal/RN: Edição do autor, 2018.   112p.  il.     ISBN 978-85-901563-4-5

 

 

 

 

Nada mais à espera.

 

 

Trilhas e rastros.

Desenhos e musgos.

Estames e carpelos.

 

De madrugada

selamos um beijo

enleiado de afetos.

 

Vou dispor do meu

último desejo.

 

Ofereço maçãs,

meu corpo,

ereções

e um coração desnudo

e sangrento

que me sustenta

desde que nasci.

 

De madrugada,

selamos um beijo

e percorro espaços

como uma aranha em sua teia.

 

Teia fina, tão fina.

A vida acontece em um jardim.

 

 

 

Alpendre

 

O catavento,

antigo,

segreda no meu ouvido

que colho tempestades.

 

Alvoroço.

 

Do alto,

o avanço do vento

joga folhas

no alpendre vazio.

 

Convergente,

o labirinto

ocupa

o corpo.

 

Desenho mapas

cheios de armadilhas.

 

Vacilo no duelo com o espelho.

Muito perto.

 

Perdido

 

 

Mãos calosas
envoltas.
A escrita da pele.
Do que lhe há.
Do que lhe resta.
Fábulas urdidas entre
a sombra das folhagens.
Da palavra líquida.
Do desenho no chão.
Nas medidas precisas
em tempo de calor, espelhos
e da dor de um mundo perverso.


Jogada à ravina,
o corpo cheio de flores.

 

 

 

 

Dos homens-peixe

 

O corpo encolhido,

calejado.

Espinhos e flores em

angústia gesticulada.

 

 - Não se fazia notar.

 

Pequenos sussurros antes do café.

Ao ler os seus olhos

descobri a verdade.

 

Somos cruéis

com o mundo e com a dor

de quem nasceu com escamas frágeis.

 

 

 

 

Semeadura

 

Correr o risco

de apressar-se por dentro.

Perder

a bendita hora

de acordar ao seu lado.

 

Bebo refrigerante entre soluços

e você resmunga.

Levo uma xícara

e bebo cerveja, café, cachaça, vodka

e você nem vê.

 

Descubro

que careço de esperanças

e o nome disso é depressão.

 

Há tantos segredos guardados...

Ainda há tanto para conversarmos.

 

A primeira chuva de março

deixa a terra pronta.

 

Semeadura.

 

 

 

 

Certeira

 

Com as flores roubadas,

veste a roupa

cheia de bordados...

 

E desfere flechas

no coração

do homem pintado no quadro.

 

*

 

VEJA e LEIA outros poetas do RIO GRANDE DO NORTE:

 

http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/rio_grande_norte/rio_grande_norte.html

 

 

Página publicada em fevereiro de 2021


 

 

 
 
 
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